sexta-feira, 8 de março de 2013

Macarrão e picadinho



Ele vivia lá com os seus frangos
Sempre na pequena área
E a titular na banheira

Vazou sua defesa
Numa pelada
Amadora de profissionais
Reserva boa de laterais

Deu bolas a ela, bem no meio das pernas
Que não estava na regra do impedimento
Numa falta sem barreira
O tiro foi bem certeiro
Gerando assim outro boleiro

Lá pelo segundo tempo
Nessas alturas do campeonato
Jogada prá escanteio
Catimbou-lhe a vida
Pela renda do espetáculo
Querendo uma grande área
A disputa pedia prorrogação

A grande torcida chamada
Fez barulho a bateria toda
Com muito chute e gravata
E tanto que apanhou, partilhada
Que a morte súbita foi decretada
O picadinho do macarrão
Serviu de ração prá cachorro.
E o resto virou concreto.

A penalidade máxima
Confirmada no tira-teima
Muda a sua profissão
Bom comedor de rainhas
Bom matador de jogadas
Só sobra jogar xadrez.

H.Rincha
Um jogador com tecnologia de ponta



Elegia

                                                                           (Dia Internacional da Mulher) 

Olhos
Para admirar-te

Corpo
Para amar-te

Alma
Para alçar-te

Verbo
Para louvar-te

Deus
Para criar-te

Femina: arte

Ellen .G


PoeTisa