Surgida das cinzas,
Bastarda da Phoenix,
da Academia de Letraz.
Um órgão ímpar, vibrátil,
curto e grosso, para o seu deleite e prazer.
Uma plêiade de poetas-escroto
Vislumbram a Poesia que há no Agora
Sem ser moderno, neo ou pós
Que o mais, já diz o Pregador, são tudo vaidades.
A Poética sem filosofias ou intelectualidade
Apenas burilando a língua
No lúdico que há nas coisas
Da vida, uma grande piada.
Em preliminares
Palavras de meus pares
Num quê de autoridade
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O anão triste
De pau em riste
O anão Cidão
Vivia triste.
Além do chato de ser anão
Nunca podia
Meter o ganso na tia
Nem na rodela do negrão.
É que havia um problema:
O porongo era longo
Feito um bastão.
E quando ativado
Virava... a terceira perna do anão.
Um dia... sentou-se o anão triste
Numa pedra preta e fria.
Fez então uma reza
Que assim dizia:
Se me livrasses, Senhor,
Dessa estrovenga
Prometo grana em penca
Pras vossas igrejas.
Foi atendido.
No mesmo instante
Evaporou-se-lhe
O mastruço gigante.
nenhum tico de pau
Nem bimba nem berimbau
Pra contá o ocorrido.
E agora
Além do chato de ser anão
Sem mastruço nem fole
Foi-se-lhe todo o tesão.
Um douto bradou: Ó céus!
Por que no pedido que fizeste
Não especificaste pras Alturas
Que lhe deixasse um resto?
Porque pra Deus
O anão respondeu
Qualquer dica
É compreensão segura.
Ah, é, negão?
Então procura.
E até hoje
Sentado na pedra preta
O anão procura as partes pudendas...
Olhando a manhã fria.
Moral da história:
Ao pedir,
especifique tamanho
Grossura e quantia.
Hilda Hirst